A Era Efêmera: Instagram Stories vs. Snpachat

Qual seu plot? Como você tem escrito sua narrativa?

Já tem um tempo que o Instagram introduziu sua nova ferramenta dentro da plataforma, motivando seu público a compartilhar histórias instantâneas, como já visto na proposta do Snapchat. Os desenvolvedores do “Stories” trouxeram filtros novos e a canetinha que brilha. E certamente, no andar desta carruagem desenfreada de concorrência, eles trarão outras melhorias e novidades(?) nas próximas atualizações. Mas já podemos concordar que, por ser uma plataforma consolidada, não há muitos bugs – diferente da nova mídia Hello, que está em seu início e cheio de erros operacionais.

Há pessoas justificando (ou seria melhor: “hipotetizando”?) que a repentina atualização é por uma briga entre as empresas – porque o que importa é a projeção do mercado e os bilhões envolvidos. E então as histórias dos usuários não importariam. Pode parecer cópia, pode parecer desespero. Pode parecer inovação também. A novidade é estranha. Sempre. O estranho insólito e excêntrico também pode ser livre. Livre para criar. E este é o cerne destes dois aplicativos: a exploração de criatividade tornou-se rotina e tem motivado muitos a romper barreiras.

Como comunicadores, precisamos observar. Tudo parte da análise. Contemplar estes dois universos quase se fundirem pode te dar respaldo para estudos antropológicos e sociológicos. Estas quase sobreposições do coletivo são curiosas e muito pertinentes.

Os dois perfis de aplicativo podem – e devem ser usados no universo mercadológico/corporativo/inovador. Inclusive, a Globo fez uma parceria com o Snapchat para transmissão ao vivo na época das Olimpíadas. Cabe você empreendedor, artista, profissional e curioso, saber balancear estas esferas e utilizá-las da melhor forma possível. As plataformas devem entrar no Planejamento Estratégico.

Uma ideia: você pode postar uma imagem sólida do seu evento ou trabalho e no Stories compartilhar os bastidores desta imagem. Os Instagramers fotógrafos estão adotando essa estratégia.
Outra perspectiva: usuários têm utilizado o Instagram Stories para posts profissionais e o Snapchat para o pessoal. Estaria certo? Talvez sim, talvez não.

Efêmero: em que ” ephémeros” significa “apenas por um dia“. Algo passageiro, transitório, volúvel, de curta duração, que dura 1 dia.

Só que a escultura ou esboço atual é momentâneo. E essa linha tênue pode desenvolver a falta de empatia.

Mas fica a inerente reflexão de exposição e comportamento desequilibrado. Hoje, as pessoas estão acríticas (talvez não “hoje”, mas entenda pela retrospectiva digital). Vivemos em tempos intolerantes. E poderia mudar estar frase para: “vivemos o tempo da intolerância”. O que deveria aproximar, está repelindo. A internet – este mundo formidável -, tem sido espaço para construções do descaso, preconceito e alienação. A experiência de um único usuário pode influenciar o comportamento de tantos outros – e que ele nem sequer os conhecem. Tornou-se um palco de lamentações e desespero por atenção. E então, percebemos as mídias sociais como grandes divãs abertos. Já conversamos em alguns artigos sobre as plataformas serem bons laboratórios e este discurso permanece. É preciso tomar nota das observações e análises que obtemos todos os dias ao estudarmos cada caso.

Talvez precisamos nos desprender de tudo isso e apenas viver, não?

Parece repetitivo, mas não é. É como se as pessoas estivessem inertes, ou dormentes (você não sente isso?). Se não reavaliarmos, vira rotina. Falar (da falta) do amor, por exemplo, não deveria ser cansativo. Mostrar ao mundo o que nos motiva não deveria ser chato. Contar histórias não poderia ser algo forçado. Muitos estão fadigados. É compreensível.

Parafraseando Brecht, hoje é quase um delito falar das coisas que nos fazem bem.

Tudo está conectado sim. Tudo irá influenciar. Quando você estiver criando, produzindo e lançando algo, não pense somente qual é a sua visão do mercado, e sim como o outro o vê. Atente ao tratamento da mensagem, suas motivações, os estímulos que serão gerados e o impacto cultural que este pode gerar. Porque, claro, nem tudo está de frente, à frente, de lado, ao lado. É preciso ver por outros ângulos. Não é ir com a multidão, mas fazer o que cabe dentro do seu nicho e proposta.  Aproxime seu público e dê à sua audiência, experiências.

Fonte: www.ideiademarketing.com.br

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